Metodologia

Políticas Públicas

Modelo de maturidade da gestão de políticas de arquivo

O Modelo de Maturidade da Gestão de Políticas Arquivísticas (MGPA) é um instrumento de diagnóstico transversal concebido para avaliar o desenvolvimento das políticas arquivísticas nas instituições membros do Programa Iberarchives. O seu objetivo é proporcionar uma análise exaustiva e comparativa que permita medir o grau de avanço na definição e implementação destas políticas numa perspetiva prática, normativa e institucional.

O modelo baseia-se no acompanhamento e avaliação de 9 políticas arquivísticas, utilizando um conjunto de 34 indicadores para avaliar o nível de maturidade de cada instituição na gestão arquivística.

Identificação do património documental

Indicador: I01: Existência de Censo documental
Definição: O indicador de Existência de Censo Documental avalia se a instituição realizou um censo exaustivo do seu acervo documental e se este censo foi devidamente incorporado ao Censo Guia de Arquivos de Espanha e Iberoamérica. O Censo Guia é uma ferramenta que regista e organiza de forma sistemática a informação sobre o acervo documental e recursos disponíveis na instituição, facilitando a sua consulta e acesso.
Justificação: O censo documental e a sua incorporação no Censo Guia são elementos fundamentais para organizar e facilitar o acesso à informação dentro da instituição. Isto permite aos utilizadores localizar documentos de forma eficiente e garante a disponibilidade da informação sempre que necessário.
Neste indicador, foi também adicionada a avaliação sobre se o censo foi incorporado ao Censo Guia. Por isso, a pontuação, apesar de integrar o primeiro Nível, foi alargada para 2.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Identificação do património documental

Indicador: I02: Identificação do volume de acervo físico e eletrónico
Definição: O indicador de Identificação do Acervo Físico e Eletrónico avalia a capacidade da instituição para relevar e registar o volume documental, seja de forma física ou eletrónica (incluindo documentos nativos digitais e documentos digitalizados).
Justificação: A identificação do acervo fornece uma base sólida para a gestão eficaz da informação em todos os formatos e suportes, contribuindo para a eficiência operacional, a transparência e o cumprimento normativo da instituição.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Descrição da política

Indicador: I03: Existência de política de descrição
Definição: O indicador de Existência de Política de Descrição avalia se a instituição arquivística tem estabelecida e documentada uma política formal que oriente o processo de descrição dos seus fundos documentais e coleções. Esta política define os padrões, as normativas e os procedimentos que devem ser seguidos para descrever e catalogar os documentos e registos que fazem parte do acervo da instituição.
Justificação: Uma política de descrição bem definida é essencial para garantir a consistência, a precisão e a interoperabilidade da informação arquivística. Estabelece as diretrizes para a criação de descrições que facilitem a identificação, a localização e o acesso aos documentos e registos por parte dos utilizadores e investigadores. A política de descrição aborda aspectos chave do processo de descrição, incluindo a elaboração de inventários, a atribuição de metadados, a normalização de termos e vocabulários, a adopção de padrões de descrição como o ISAD(G) (Norma Internacional Geral de Descrição Arquivística), o Encoded Archival Description (EAD) para a descrição de fundos, entre outros.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Descrição da política

Indicador: I04: Existência de padrão normativo para descrição arquivística
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar a presença ou ausência de padrões normativos definidos na instituição em matéria de descrição documental. Serve como um diagnóstico inicial para determinar se a organização estabeleceu diretrizes e normas específicas que orientem o procedimento e a normalização da informação produzida para o acesso e gestão do acervo documental.
Justificação: A adopção de um padrão normativo para a descrição arquivística é fundamental para garantir a coerência e a integridade da informação arquivística em todas as etapas do seu ciclo de vida. Estabelece uma base comum de práticas e procedimentos que promovem a interoperabilidade entre diferentes sistemas e contextos arquivísticos, facilitando a colaboração e o intercâmbio de informação entre instituições.
Interpretação: Avalia a capacidade efectiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição promove.

Política de digitalização

Indicador: I05: Existência de padrão normativo para a política de digitalização
Definição: Avalia se a instituição arquivística estabeleceu um conjunto de normas, diretrizes e procedimentos específicos para orientar o processo de digitalização dos seus documentos. Este padrão normativo define os princípios, critérios e requisitos técnicos e define as etapas do processo de digitalização, desde a seleção de documentos até à preservação dos objetos digitais.
Justificação: A existência de um padrão normativo para a política de digitalização proporciona uma base sólida para garantir a qualidade, integridade e autenticidade dos documentos digitais produzidos pela instituição. Estabelece orientações claras sobre aspetos como a resolução e o formato de digitalização, os métodos de captura e processamento de imagens, a gestão de metadados e a preservação a longo prazo dos arquivos digitais.
Interpretação: Avalia a capacidade efectiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição promove.

Política de digitalização

Indicador: I06: Política de Digitalização
Definição: O indicador de Política de Digitalização avalia se uma instituição estabeleceu e executou uma política integral que regula os processos de digitalização de documentos. Esta política define as diretrizes, normativas e procedimentos para a gestão eficiente e segura da informação em formato digital.
Justificação: A implementação de uma política de digitalização garante a coerência, a segurança e a eficiência nos processos de digitalização, facilitando a preservação, acessibilidade e gestão adequada do acervo digital da instituição.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição promove.

Política de digitalização

Indicador: I07: Tendência de publicação de documentos digitalizados
Definição: Este indicador mede a orientação (ascendente ou descendente) da publicação de documentos digitalizados por parte de uma instituição arquivística. Este indicador é fundamental para avaliar a maturidade digital.
Justificação: Os processos de digitalização aumentam a acessibilidade, a segurança e a eficiência na gestão da informação. Também contribuem para a preservação e conservação da documentação física.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Política de preservação digital

Indicador: I08: Adoção de padrão normativo para implementação de metadados
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar a presença ou ausência de padrões normativos definidos na instituição em matéria de metadados. Serve como um diagnóstico inicial para determinar se a organização estabeleceu diretrizes e/ou normas específicas que orientem a produção de metadados sobre a documentação eletrónica (nativa digital ou digitalizada).
Justificação: Os metadados são fundamentais para a organização, pesquisa e recuperação eficiente da informação dentro de uma entidade. A adoção de um padrão normativo para a implementação de metadados é essencial para garantir a consistência, interoperabilidade e acessibilidade da informação numa organização. Estes padrões estabelecem diretrizes claras sobre como etiquetar, descrever e estruturar os dados, facilitando assim a organização, pesquisa e análise da informação de forma eficaz e eficiente.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Política de preservação digital

Indicador: I09: Existência de política de preservação digital
Definição: A política de preservação digital é o conjunto de princípios, políticas e estratégias destinadas a assegurar a estabilidade física e tecnológica, e a proteção do conteúdo intelectual dos objetos digitais, para que sejam recuperáveis, legíveis e utilizáveis a longo prazo.
Justificação: A documentação eletrónica, pela sua natureza mutável e frágil, está sujeita a diversas ameaças (obsolescência tecnológica, dependência de software e hardware, erros técnicos ou humanos, desastres naturais, ataques cibernéticos) e requer uma ação de preservação proativa e tecnicamente adequada para a sua conservação a longo prazo e para garantir as propriedades essenciais do documento: autenticidade, fiabilidade, integridade, acessibilidade ou usabilidade.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Política de preservação digital

Indicador: I10: Adoção de padrão normativo para a preservação digital
Definição: O indicador de Adoção de Padrão Normativo para a Preservação Digital avalia se uma instituição implementou uma política e processos adequados para preservar documentos eletrónicos e assegurar a sua durabilidade ao longo do tempo, bem como a sua acessibilidade futura. Este indicador é essencial para garantir a integridade e a disponibilidade, a longo prazo, da informação digital.
Justificação: Na era digital, em que a informação está cada vez mais vulnerável à obsolescência tecnológica e aos riscos de perda de dados, é crucial estabelecer uma política de preservação digital. Isso assegura que os documentos eletrónicos importantes sejam devidamente conservados e possam ser acedidos no futuro, mesmo em ambientes tecnológicos em constante mudança.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas promovidas por cada instituição.

Política de preservação digital

Indicador: I12: Existência de padrão normativo em segurança e gestão do risco
Definição: O indicador de Existência de Padrão Normativo em Segurança avalia se uma instituição arquivística desenvolveu um conjunto de normas, políticas e procedimentos específicos destinados a proteger a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos documentos eletrónicos e registos arquivísticos em ambientes digitais.
Justificação: A existência de um padrão normativo em segurança digital fornece uma estrutura de referência clara e coerente para garantir que a instituição implemente medidas de segurança adequadas e eficazes para proteger os seus documentos eletrónicos.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas promovidas por cada instituição.

Política de segurança

Indicador: I13: Existência de política de segurança e gestão do risco
Definição: Este indicador tem como objetivo determinar se a instituição estabeleceu uma política de segurança digital para a proteção e preservação dos acervos eletrónicos.
Justificação: A implementação desta política é crucial para proteger a integridade, autenticidade, confidencialidade e disponibilidade dos documentos e expedientes eletrónicos, bem como para minimizar os riscos associados a eventos como perdas, danos ou acesso não autorizado.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Política do utilizador

Indicador: I14: Índice de diversidade de utilizadores
Definição: O índice de Diversidade de Utilizadores é um indicador que avalia a variedade de tipos de utilizadores que interagem com a instituição. Este indicador reflete a amplitude e a inclusão de audiências da instituição, através dos seus serviços, produtos ou atividades.
Justificação: A diversidade de utilizadores é um aspeto da acessibilidade e da vinculação da instituição com as comunidades. Uma variedade de utilizadores representa uma maior representatividade e adaptabilidade da instituição às exigências e preferências de diferentes utilizadores. Além disso, reflete a capacidade de uma instituição arquivística para fomentar a inclusão e a participação de diversos grupos sociais.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que impulsiona cada instituição.

Política do utilizador

Indicador: I15: Existência de canais de consulta para utilizadores
Definição: Este indicador regista se a instituição conta com diferentes canais ou plataformas para a consulta do acervo que preserva.
Justificação: A existência de diferentes canais de consulta (consulta em sala, consulta remota via e-mail, consulta remota via plataforma ou web, entre outros) garante a possibilidade de integrar diferentes tipos de consultantes (utilizadores).
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que impulsiona cada instituição.

Política de acesso e transparência

Indicador: I16: Existência de política de acesso à informação
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar a presença ou ausência de uma Política de acesso à informação e transparência da instituição. Serve como um diagnóstico inicial para determinar se a organização estabeleceu procedimentos, práticas e normas que promovam o acesso ao acervo documental.
Justificação: Uma política formal estabelece os princípios e procedimentos para o acesso à informação arquivística, promovendo a transparência e o cumprimento normativo.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Política de acesso e transparência

Indicador: I17: Existência de procedimentos claros de acesso
Definição: Este indicador avalia se a instituição tem procedimentos claros e documentados para que os usuários acessem a consulta do patrimônio documental. Isso inclui o processo para solicitar acesso, os requisitos e prazos necessários, a definição de proteção de informação, bem como os formatos e canais de consulta.
Justificação: Fornecer procedimentos transparentes e bem definidos facilita aos usuários a solicitação e obtenção de acesso à documentação.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que cada instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I18: Existência de legislação específica de acesso à informação
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar a presença ou ausência de legislação de acesso à informação e transparência. Serve como um diagnóstico inicial para determinar se a instituição conta com um contexto normativo a nível nacional para impulsionar políticas de transparência e acesso à informação.
Justificação: A existência de legislação específica garante o direito de acesso à informação arquivística e fornece um quadro legal para a sua gestão.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Política de acesso e transparência

Indicador: I19: Existência de portal, sítio ou plataforma tecnológica de consulta pública
Definição: Este indicador visa determinar se a instituição dispõe de uma plataforma tecnológica que permita ao público realizar consultas e aceder de maneira remota aos documentos e arquivos que custodia.
Justificação: Uma plataforma tecnológica de consulta pública oferece um canal interativo e acessível para que os usuários acedam à informação arquivística.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que a instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I20: Publicação de instrumentos de descrição do acervo
Definição: Avalia se a instituição arquivística publicou e disponibilizou ao público os instrumentos de descrição que facilitam o acesso e a compreensão do seu acervo documental. Estes instrumentos podem incluir inventários, catálogos, guias de coleções, quadros de classificação e outros documentos que forneçam informações detalhadas sobre os fundos arquivísticos custodiados pela instituição.
Justificação: A publicação destes instrumentos de descrição permite aos usuários conhecer a estrutura, o conteúdo e a localização dos documentos e registros arquivísticos, facilitando assim a sua busca, identificação e solicitação. Além disso, promove a transparência e a prestação de contas ao fornecer informações sobre os recursos documentais disponíveis e as políticas de acesso e uso estabelecidas pela instituição.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que a instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I21: Publicidade de Normativa
Definição: O indicador de Publicidade de Normativa avalia o grau em que uma instituição arquivística divulga e coloca à disposição da sua comunidade a normativa e legislação que regula as suas funções e atividades. Este indicador é crucial para garantir a transparência, o cumprimento legal e o acesso à informação relevante dentro da instituição.
Justificação: A publicidade da normativa é essencial para assegurar que tanto o pessoal interno como os usuários externos estejam cientes das regulamentações e diretrizes que regem as operações da instituição arquivística. Proporciona clareza, coerência e legitimidade às ações e decisões tomadas, ao mesmo tempo que fomenta a confiança e a prestação de contas tanto dentro como fora da instituição.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que a instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I22: Mecanismos de participação cidadã
Definição: Avalia se a instituição promove e facilita a participação ativa da cidadania nos processos de acesso à documentação. Os mecanismos de participação podem ser incorporados nas atividades com usuários e comunidades de consulta à instituição, em diferentes dinâmicas e formatos.
Justificação: Fomentar a participação cidadã nos processos de acesso à informação promove a transparência e fortalece a relação entre a instituição e a comunidade.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de maneira estável as políticas que a instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I23: Formação do pessoal em matéria de acessibilidade
Definição: Determina se a instituição oferece formação e capacitação ao pessoal responsável por gerir e facilitar o acesso à documentação, em temas de acesso, transparência e proteção de dados.
Justificação: A formação do pessoal em acessibilidade garante uma aplicação eficaz das políticas de acesso e promove uma cultura de transparência e serviço ao público.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição implementa.

Política de acesso e transparência

Indicador: I24: Divulgação sem solicitação prévia
Definição: Avalia se a instituição tem uma política que promova a divulgação proativa de informação arquivística relevante, sem necessidade de os utilizadores apresentarem solicitações formais de acesso.
Justificação: A divulgação proativa de informação arquivística sem solicitação prévia demonstra um compromisso com a transparência e facilita o acesso à informação pública.
Interpretação: Avalia o estabelecimento das políticas mínimas em matéria de gestão documental.

Política de acesso e transparência

Indicador: I25: Promoção da interoperabilidade
Definição: Determina se a instituição promove a interoperabilidade dos sistemas e formatos de informação arquivística para facilitar a troca e a integração de dados entre diferentes plataformas e sistemas.
Justificação: Promover a interoperabilidade dos sistemas e formatos de informação arquivística facilita a troca de dados e a integração de sistemas, melhorando o acesso e a gestão da informação.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Gestão eletrónica

Indicador: I26: Existência de Sistema de Gestão Documental
Definição: O indicador de Existência de um Sistema de Gestão Documental avalia se a instituição arquivística dispõe de um sistema ou plataforma dedicada especificamente à gestão e administração de catálogos, descrições arquivísticas ou documentos dos seus fundos documentais e coleções. Este sistema permite armazenar, organizar, pesquisar e recuperar de maneira eficiente as descrições dos documentos e registos arquivísticos. Também se avalia se o acesso a esse sistema é público.
Justificação: O sistema de gestão documental proporciona uma infraestrutura tecnológica que facilita a criação, edição, atualização e consulta das descrições e registos arquivísticos. Também permite a gestão da documentação. Permite a padronização dos dados, a atribuição de metadados e a integração de vocabulários controlados, o que contribui para a coerência e a qualidade das descrições arquivísticas em toda a instituição.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Gestão eletrónica

Indicador: I27: Quantidade de Dispositivos
Definição: O indicador de Quantidade de Dispositivos refere-se ao número total de dispositivos tecnológicos utilizados numa instituição durante um período de tempo determinado. Estes dispositivos podem incluir computadores de secretária, portáteis, tablets, telemóveis, servidores e outros dispositivos ligados à rede institucional.
Justificação: Este indicador serve como uma medida quantitativa da infraestrutura tecnológica da instituição e da sua capacidade para suportar as operações e os processos institucionais. A quantidade de dispositivos proporciona uma visão geral da infraestrutura tecnológica da instituição. Uma maior quantidade de dispositivos pode indicar uma infraestrutura mais robusta e um investimento em tecnologia que apoia as operações e os serviços institucionais.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição impulsiona.

Gestão eletrónica

Indicador: I28: Existência de Equipa de Tecnologia
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar se a instituição conta com pessoal especificamente dedicado às tarefas de infraestrutura e suporte tecnológico. Serve para medir se a instituição tem condições para o desenvolvimento tecnológico ou não.
Justificação: A existência de uma equipa de tecnologia fornece um recurso fundamental para a gestão arquivística e a gestão da documentação eletrónica.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição impulsiona.

Gestão eletrónica

Indicador: I29: Existência de Bases ou Sistemas de Dados
Definição: Avalia se a instituição arquivística conta com bases de dados ou sistemas informáticos projetados para armazenar, organizar e gerir a informação proveniente do seu acervo documental. Estes sistemas podem abranger uma variedade de dados, incluindo metadados de documentos, informação sobre a procedência e a contextualização dos registos, assim como dados relacionados com a gestão arquivística, como o estado de conservação e os processos de acesso.
Justificação: A existência de bases ou sistemas de dados fornece à instituição uma infraestrutura tecnológica para gerir eficientemente a informação arquivística, facilitando a pesquisa, recuperação e consulta de documentos e registos por parte dos utilizadores e do pessoal arquivístico. Além disso, permite o acompanhamento e a monitorização dos processos arquivísticos, assim como a geração de relatórios e estatísticas sobre o estado e a gestão do acervo.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição impulsiona.

Gestão eletrónica

Indicador: I30: Independência Tecnológica
Definição: Este indicador reflete a capacidade de uma instituição para desenvolver as suas próprias soluções tecnológicas internamente, em contraste com a dependência de fornecedores externos.
Justificação: A “autonomia tecnológica” implica uma maior maturidade institucional em termos de capacidade de inovação, gestão de recursos e controlo sobre o processo tecnológico.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição impulsiona.

Gestão eletrónica

Indicador: I31: Implementação ou Desenvolvimento de Ferramentas Tecnológicas
Definição: O indicador de Implementação ou Desenvolvimento de Ferramentas Tecnológicas Específicas para a Gestão e Exploração da Informação Proveniente do Acervo Digital avalia se a instituição arquivística implementou ou desenvolveu ferramentas tecnológicas especializadas para a gestão, análise e exploração da informação contida no seu acervo digital. Estas ferramentas podem incluir sistemas de gestão documental, repositórios digitais, software de análise de dados, entre outros.
Justificação: A implementação de ferramentas tecnológicas específicas tem como objetivo otimizar a gestão e aproveitamento da informação digitalizada, facilitando o seu armazenamento, organização, pesquisa e análise. Além disso, permite a aplicação de técnicas avançadas de análise de dados, como mineração de texto, análise de redes e visualização de dados, que podem fornecer insights valiosos sobre o conteúdo e a estrutura do acervo digital.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Gestão eletrónica

Indicador: I32: Existência de Estratégia de Autenticidade e Integridade de Documentos Eletrónicos
Definição: Um dos elementos básicos de um plano de preservação digital é definir estratégias. Este indicador procura identificar se a instituição arquivística adotou alguma estratégia para garantir a preservação de objetos e expedientes digitais, em diferentes situações e ambientes.
Justificação: Existem diferentes soluções e estratégias para garantir a integridade e autenticidade dos documentos eletrónicos, entre as quais se podem registar a preservação de tecnologia, a emulação, replicação, migração, encapsulamento ou atualização.
Interpretação: Avalia a capacidade efetiva para gerir de forma estável as políticas que a instituição impulsiona.

Gestão eletrónica

Indicador: I34: Participação na Implementação de Plataformas a Nível Estatal
Definição: O indicador de Participação na Implementação de Plataformas a Nível Estatal avalia se a instituição arquivística fez parte dos processos de elaboração e implementação de plataformas ou sistemas de gestão de documentos e expedientes eletrónicos a nível nacional. Este indicador destaca a colaboração e contribuição da instituição arquivística no desenvolvimento de infraestruturas tecnológicas chave para a gestão e preservação da informação estatal.
Justificação: Incorporar as autoridades arquivísticas no design e implementação de sistemas de gestão eletrónica é fundamental por várias razões. Em primeiro lugar, as instituições arquivísticas têm experiência e conhecimento especializado na gestão e preservação de documentos, o que lhes permite aportar critérios e padrões técnicos para garantir a integridade e autenticidade da informação. Além disso, a sua participação ajuda a padronizar os processos de produção e gestão de informação estatal, o que melhora a eficiência e transparência das operações governamentais. Por fim, ao estarem envolvidas na implementação de plataformas a nível estatal, as instituições arquivísticas podem garantir que sejam tidas em conta as necessidades específicas de preservação e acesso a longo prazo dos documentos eletrónicos.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Gestão eletrónica

Indicador: I35: Existência de Avaliações Periódicas
Definição: Este indicador tem como objetivo relevar se a instituição prevê mecanismos de avaliação periódica. Além disso, avalia a existência de ferramentas de gestão, como plataformas para o acompanhamento das políticas arquivísticas.
Justificação: A realização de avaliações de forma periódica permite fortalecer a agenda de trabalho da instituição, proporcionando-lhe ferramentas para realizar ajustes e atualizações de acordo com os avanços e limitações que surgem. A existência de uma plataforma para o acompanhamento das políticas arquivísticas é, adicionalmente, uma ferramenta chave para garantir uma gestão eficiente.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Avaliação e acompanhamento das políticas

Indicador: I36: Utilização de Indicadores ou Avaliações para a Tomada de Decisões
Definição: Este indicador avalia se a instituição utiliza avaliações sistemáticas e análise de dados na tomada de decisões relacionadas com a gestão arquivística. A utilização eficaz desses resultados para informar decisões estratégicas destaca a importância de uma gestão arquivística baseada em dados e orientada para a melhoria contínua.
Justificação: A utilização de indicadores ou avaliações para a tomada de decisões proporciona consistência e sustentabilidade às definições institucionais.
Interpretação: A instituição incorpora instrumentos específicos de avaliação aplicados às necessidades das políticas e implementa atividades para potenciar as suas funções.

Estrutura do modelo

O MGPA é composto por três níveis de maturidade, cada um reflectindo diferentes graus de formalização, empenho e iniciativa na gestão das políticas arquivísticas. Embora os níveis estejam organizados de forma progressiva, a sua relação é dinâmica e transversal, o que significa que as instituições podem melhorar o seu desempenho através de um processo contínuo de aprendizagem e implementação.


Representação circular: A estrutura do modelo é visualizada de forma circular, evidenciando a interligação entre os diferentes níveis e a possibilidade de avançar e consolidar progressivamente as políticas arquivísticas.

Políticas Públicas

Políticas Públicas

Níveis de maturidade da MGPA

Metodologia

Nível Consciente

  • Objetivo: Representa o primeiro passo na implementação de políticas arquivísticas, assegurando que a instituição disponha das bases mínimas para a gestão documental.
  • Avaliação: São analisados 8 indicadores específicos relacionados com a existência de políticas mínimas para a gestão documental.
  • Pontuação: Cada indicador tem o valor de 1 ponto, com exceção dos indicadores I1 e I2, que recebem 2 pontos.
  • Pontuação máxima: 10 pontos.
Metodologia

Nível Ativo

  • Objetivo: Neste nível, a instituição demonstra uma capacidade efetiva para gerir e manter de forma estável as suas políticas arquivísticas.
  • Avaliação: São considerados 18 indicadores, abrangendo aspetos como infraestrutura, recursos e aplicação de políticas arquivísticas.
  • Pontuações: Cada indicador tem o valor de 2 pontos, exceto os indicadores I4, I5 e I24 (1 ponto) e I20 e I31 (3 pontos).
  • Pontuação máxima: 35 pontos.
Metodologia

Nível Avançado

  • Objetivo: Avalia se a instituição ultrapassou a fase de implementação básica e incorporou mecanismos específicos de avaliação e melhoria contínua.
  • Avaliação: São analisados 8 indicadores, centrados na otimização da gestão documental e na utilização de ferramentas avançadas.
  • Pontuações: Cada indicador tem o valor de 3 pontos, exceto os indicadores I8 (1 ponto) e I27 e I32 (2 pontos).
  • Pontuação máxima: 20 pontos.

Género

Modelo de Maturidade da Igualdade de Género para os Arquivos Ibero-Americanos

O Modelo de Maturidade em Igualdade de Género para os Arquivos Ibero-Americanos (MMIG) é um instrumento de diagnóstico transversal e abrangente, concebido para avaliar o grau de compromisso e progresso das instituições membros do Programa de Arquivos Ibero-Americanos em matéria de igualdade de género.

Este modelo está estruturado em três níveis de maturidade e abrange três linhas de análise, permitindo uma avaliação detalhada através de 15 indicadores que reflectem o impacto das políticas de igualdade de género em:

  • O ambiente de trabalho
  • Políticas arquivísticas
  • Estrutura institucional

Género

Linhas de análise do MMIG

Metodologia

Linha A

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

(6 indicadores)

Avalia a composição por género na força de trabalho, analisando a proporção de mulheres na força de trabalho e em posições de liderança. Examina igualmente a afetação de recursos orçamentais e materiais, fornecendo uma perspetiva da equidade na distribuição de funções e recursos na instituição.

Metodologia

Linha B

Inclusão de uma perspetiva de género nas políticas e práticas arquivísticas

(6 indicadores)

Analisa a forma como as instituições integram uma perspetiva de género nos seus processos e políticas de arquivo. Os indicadores desta linha avaliam:

  • A presença de abordagens equitativas de género na gestão dos arquivos
  • A afetação de pessoal especializado em políticas de género
  • A avaliação dos documentos numa perspetiva de género
  • A existência de objectivos estratégicos com uma perspetiva de género
Metodologia

Linha C

Formalização através de legislação e objectivos específicos

(3 indicadores)

Analisa o nível de formalização das acções destinadas a promover a igualdade de género na instituição. Avalia a existência de:

  • Legislação em vigor sobre igualdade de género
  • Compromissos institucionais para garantir a igualdade de género
  • Objectivos estratégicos orientados para a inclusão e igualdade de género

Um modelo para a equidade nos arquivos

Através do MMIG, o Programa Iberarchivos procura reforçar a integração da perspetiva de género nos arquivos ibero-americanos, promovendo uma gestão mais inclusiva e equitativa nas instituições arquivísticas.

Metodologia

Linha de operação

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: As mulheres nos Arquivos Ibero-Americanos
Indicador: L01: Índice de feminidade nos arquivos
Definição: Este indicador tem como objetivo avaliar a equidade de género na composição da equipa de trabalho da instituição arquivística.
Justificação: A proporção de mulheres em comparação com o total de empregados fornece informações valiosas sobre a representação de género na instituição e o compromisso com a igualdade de oportunidades laborais.

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: As mulheres nos Arquivos Ibero-Americanos
Indicador: L02: Proporção de mulheres em cargos de liderança
Definição: Este indicador foca-se em avaliar a participação e representação de mulheres em funções de liderança e cargos de direção dentro da instituição arquivística.
Justificação: Este indicador visa compreender e abordar as possíveis desigualdades no que diz respeito ao acesso e progressão em cargos de direção.

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: Recursos Financeiros, Humanos e Institucionais
Indicador: L03: Atribuição de recursos para promover a igualdade de género
Definição: Identificação da atribuição de recursos com o objetivo de promover a igualdade de género. Envolve destinar orçamento, programas de formação e outros meios para garantir oportunidades equitativas e condições justas para mulheres e homens dentro de uma organização.
Justificação: A atribuição de recursos permite a implementação de programas e projetos desenhados para abordar desafios específicos que afetam mulheres e outros géneros marginalizados.

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: As mulheres nos Arquivos Ibero-americanos
Indicador: L04: Equidade salarial de género
Definição: Este indicador avalia a equidade salarial de género numa instituição arquivística, comparando a faixa salarial média das mulheres com a faixa salarial média do pessoal.
Justificação: A equidade salarial é fundamental para garantir que homens e mulheres recebam compensações justas por trabalhos de igual valor dentro da organização.

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: As mulheres nos Arquivos Ibero-americanos
Indicador: L09: Participação de mulheres em atividades institucionais
Definição: Este indicador avalia a participação de mulheres em atividades oficiais organizadas pela instituição arquivística. A participação reflete o compromisso da instituição com a inclusão de mulheres em papéis chave e a promoção da sua participação ativa na vida institucional.
Justificação: Estas atividades podem incluir conferências, reuniões, eventos, comités e outras instâncias oficiais nas quais a presença e a participação de mulheres são consideradas.

Estrutura de pessoal e recursos institucionais

Eixo: Recursos Financeiros, Humanos e Institucionais
Indicador: L11: Atribuição de pessoal específico para as políticas com perspetiva de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição arquivística atribuiu pessoal específico responsável por implementar e acompanhar as políticas com perspetiva de género.
Justificação: A atribuição de pessoal dedicado demonstra um compromisso ativo com a integração da perspetiva de género em todas as áreas da instituição e garante uma gestão eficaz das iniciativas relacionadas com o género.

Metodologia

Linha estratégica

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Políticas e Normativa
Indicador: L05: Existência de uma política de género
Definição: Este indicador avalia a presença e formalização de uma política de género numa instituição arquivística.
Justificação: A existência de uma política de género reflete o compromisso institucional com a igualdade de género, a não discriminação e a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo.
Esta política pode abordar aspetos como a equidade salarial, a prevenção do assédio de género, a distribuição de tarefas, o acesso igualitário a oportunidades profissionais, entre outros elementos relacionados com a igualdade de género.

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Parcerias, Formação e Transformações no Trabalho Arquivístico
Indicador: L06: Existência de formações em matéria de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição está comprometida com a formação e sensibilização em matéria de género.
Justificação: A existência de programas de formação nesta área reflete o compromisso da instituição com a sensibilização, a compreensão e a promoção da igualdade de género no ambiente de trabalho. Estas formações podem abordar temas como a equidade salarial, a diversidade de género, a prevenção do assédio e outras questões relacionadas com a igualdade de género.

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Parcerias, Formação e Transformações no Trabalho Arquivístico
Indicador: L07: Existência de convenções com instituições
Definição: Este indicador avalia se a instituição arquivística tem convenções estabelecidas com outras instituições.
Justificação: As convenções são acordos formais que podem abranger colaborações, trocas de informações, projetos conjuntos e outras formas de cooperação com instituições externas. A existência dessas convenções pode indicar uma rede de relações sólidas e estratégicas que beneficiam a instituição em termos de recursos, conhecimentos e apoio mútuo.

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Parcerias, Formação e Transformações no Trabalho Arquivístico
Indicador: L08: Existência de atividades com perspetiva de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição arquivística desenvolve atividades, programas ou iniciativas que incorporam uma perspetiva de género.
Justificação: Avaliar a existência de atividades com perspetiva de género é crucial para garantir uma abordagem integral e sustentável em relação à equidade de género, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva.

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Parcerias, Formação e Transformações no Trabalho Arquivístico
Indicador: L10: Modificação de processos ou procedimentos a partir de uma perspetiva de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição arquivística realizou modificações nos seus processos ou procedimentos internos, tendo em consideração uma perspetiva de género.
Estas modificações podem incluir mudanças ou ajustes em protocolos técnicos, práticas específicas, debates ou reflexões sobre a prática e procedimentos com o objetivo de assegurar a equidade de género e eliminar possíveis preconceitos ou discriminação no trabalho arquivístico.
Justificação: Este indicador permite identificar se a perspetiva de género gerou mudanças no trabalho arquivístico e avaliar a capacidade da entidade em se adaptar, identificando oportunidades. Entendem-se como modificações mudanças, como por exemplo, a priorização de documentos a partir de uma perspetiva de género nas políticas de digitalização, alterações na política ou prática de descrição arquivística (por exemplo, o uso da linguagem, a incorporação de pontos de acesso, entre outros).

Inclusão de uma perspetiva de género nas práticas e políticas de arquivo

Eixo: Parcerias, Formação e Transformações no Trabalho Arquivístico
Indicador: L12: Valorização documental a partir de uma perspetiva de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição arquivística implementou processos de valorização documental a partir de uma perspetiva de género.
Justificação: A valorização documental implica reconhecer e destacar a importância histórica, cultural e social dos documentos. A perspetiva de género, neste contexto, implica considerar e destacar a relevância dos documentos que refletem a experiência, as contribuições e as perspetivas de diferentes géneros.

Metodologia

Linha de apoio

Formalização através de legislação e objectivos específicos

Eixo: Políticas e Normativa
Indicador: L13: Objetivos estratégicos com perspetiva de género
Definição: Este indicador avalia se a instituição desenvolveu objetivos específicos relacionados com a igualdade de género no plano estratégico da sua instituição.
Justificação: A inclusão da perspetiva de género nos objetivos estratégicos pode contribuir para o cumprimento de metas estabelecidas em acordos e compromissos internacionais, bem como em políticas e leis nacionais relacionadas com a igualdade de género.

Formalização através de legislação e objectivos específicos

Eixo: Políticas e Normativa
Indicador: L14: Índice de Avaliação de Inclusão com Perspetiva de Género (IAIPG)
Definição: Este indicador avalia o nível de incorporação da perspetiva de género nas atividades e serviços da instituição, com base nos dados específicos e/ou avaliações regulares sobre a inclusão da perspetiva de género.
Justificação: As avaliações regulares permitem um acompanhamento constante da presença e eficácia da perspetiva de género nas atividades da instituição ao longo do tempo. Facilita a identificação de tendências e mudanças na incorporação da perspetiva de género, permitindo ajustes ou melhorias contínuas. A ponderação equitativa de ambos os componentes reflete a importância de recolher informações precisas e atualizadas, bem como a necessidade de avaliar de forma contínua e sistemática o impacto das iniciativas de género. O IAIPG pode ser utilizado como uma ferramenta de gestão estratégica para impulsionar políticas e práticas que promovam a igualdade de género em todas as facetas da instituição.

Formalização através de legislação e objectivos específicos

Eixo: Políticas e Normativa
Indicador: L15: Legislação para a promoção da igualdade de género
Definição: O indicador regista o nível de desenvolvimento normativo da instituição em matéria de igualdade de género, avaliando, por um lado, a iniciativa da instituição em criar qualquer tipo de normativa para promover ou fortalecer as políticas de género na instituição. Por outro lado, regista se o Estado ao qual pertence a instituição forneceu consentimento, através de um ato de ratificação, adesão ou sucessão, à Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) e se assinou e ratificou o Protocolo Facultativo da Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher.
Justificação: Este indicador é essencial para avaliar o compromisso e a efetividade das ações legais dirigidas a alcançar a igualdade de género, sendo um reflexo tangível do esforço de uma entidade ou país na criação de sociedades mais justas e inclusivas.

Níveis de maturidade em matéria de igualdade de género nos arquivos

O MMIG está estruturado em três níveis de maturidade, que não representam uma progressão linear, mas fases de integração de práticas igualitárias numa instituição arquivística.

Este modelo permite avaliar, comparar e visualizar o grau de avanço da igualdade de género nas instituições que integram o Programa Iberarchivos.

Índice de maturidade: A pontuação total varia entre 0 e 35 pontos, atribuídos em função da avaliação de cada indicador específico.

 Nível Consciente: até 8 pontos

 Nível Ativo: até 22 pontos

 Nível Avançado: mais de 22 pontos

Género

Níveis do Modelo de Maturidade para a Igualdade de Género

Metodologia

Nível Consciente

A instituição começou a reconhecer a importância da equidade de género e começou a incorporar uma perspetiva inclusiva na formação das suas equipas de trabalho. A instituição centra-se na representação diversificada dentro da organização.

Metodologia

Nível Ativo

A este nível, a instituição adopta um compromisso estruturado com a igualdade de género, implementando políticas e práticas específicas. São feitos ajustes nos processos internos e são afectados recursos humanos para garantir a implementação efectiva de medidas equitativas na gestão dos registos.

Metodologia

Nível Avançado

Aqui, a igualdade de género está plenamente integrada em todas as operações da instituição. Um compromisso sustentado para com a inclusão e a equidade reflecte-se tanto na formação de equipas como na gestão da política arquivística. Este nível representa uma abordagem abrangente e contínua da igualdade de género.

Como é que a sua instituição está a progredir em matéria de igualdade de género?

O Modelo de Maturidade para a Igualdade de Género fornece uma ferramenta clara para medir os progressos, identificar áreas de melhoria e reforçar o compromisso com a igualdade no domínio arquivístico.

Metodologia