Após o assassinato de Víctor Jara, em setembro de 1973, a sua mulher Joan Turner e as suas filhas, Manuela e Amanda, viajaram para Londres e, à sua chegada, encontraram várias manifestações de solidariedade com o Chile, nas quais procuravam denunciar publicamente as violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura. Joan participou durante os anos seguintes em muitos eventos, concertos e homenagens a Víctor Jara, organizados por pessoas de países como a Alemanha, o Japão, a Bulgária, a Itália e os Estados Unidos, entre outros. O livro “Un canto inconcluso” (Uma canção inacabada), publicado originalmente em inglês em 1983, testemunha as memórias de Joan e a biografia do seu marido, representando este período em que a figura e o legado de Víctor Jara se espalharam pelo mundo como um símbolo das lutas pelos direitos humanos.
Após o regresso de Joan ao Chile, a continuidade das lutas e exigências de justiça reforçaram e deram continuidade ao legado de Víctor na sociedade chilena. Através da criação da Fundação Víctor Jara em 1993 e de vários eventos realizados tanto nas cidades como no Estádio Víctor Jara (ex-Estádio do Chile), o papel das artes e da cultura tem representado uma parte importante do trabalho de projeção da obra e da figura de Jara também para as novas gerações.
AUTOR/A DEL TEXTO
Javier Osorio
NOME DO PROJETO DE IBERARQUIVOS
Violações dos direitos humanos no Estádio Victor Jara (antigo Estádio do Chile) e actividades artísticas para a defesa dos direitos humanos no Chile e no estrangeiro: Classificação, organização, conservação preventiva, digitalização e difusão da coleção Pós 1973 do Arquivo Victor Jara.
Bibliografía:
– Víctor, un canto inconcluso. Fundación Víctor Jara, Santiago, 2020. Primera edición en 1993.
– Víctor, An Unfinished Song. Jonathan Cape, London, 1983.